Produção

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Doçaria Local

Celestes

Santarém é uma zona com uma história muito ligada às ordens religiosas. Não é, por isso, de estranhar que tenha tantas, e tão boas, provas de doçaria conventual.
Das cozinhas dos conventos saíram preciosidades, como os arrepiados de Almoster, os celestes de Santa Clara ou os queijinhos do céu do Convento das Donas, sobremesas que farão, sem dúvida, as delícias dos mais exigentes. Não nos podemos esquecer, também, dos Pampilhos (uma homenagem local ao campino) e os característicos Bolos de Noiva ou Ferraduras que são distribuídos durante a boda aos convidados.
Os celestes são parte da doçaria conventual portuguesa que varia consoante a região e o convento de origem.
Designa-se por doçaria conventual os doces confeccionados nos conventos, caracterizados por serem, na sua maioria, compostos por grandes quantidades de açúcar e ovos.
A doçaria conventual, em Portugal, terá origem no século XV. Terá sido neste período que o açúcar entrou na tradição gastronómica dos conventos. O principal adoçante até esta altura era o mel, sendo o açúcar um ingrediente vulgar. Com a colonização da Ilha da Madeira, o açúcar recebe uma atenção especial, sendo cultivada a cana-de-açúcar.


Receita de Celestes

Ingredientes:
500 gr de açúcar
2 dl de água
250 gr de amêndoa
24 Ovos
Obreia

Preparação:
Leve 500 gr. de açúcar ao lume com 2 dl de água e deixe ferver até fazer ponto de fio apertado. Entretanto, pele e rale 250 gr. de amêndoas. Junte as amêndoas raladas ao açúcar em ponto e deixe cozer um pouco. Bata 24 gemas com 2 claras. Retire o doce do lume e deixe arrefecer um pouco. Em seguida, adicione as gemas batidas.
Depois de bem misturados, molde em montinhos que se colocam sobre rodelinhas de obreia. Leve ao forno só para tostar as pontas.

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